"ORDINARIAMENTE todos os ministros são inteligentes, escrevem bem, discursam com cortesia e pura dicção, vão a faustosas inaugurações e são excelentes convivas. Porém são nulos a resolver crises. Não têm a austeridade, nem a concepção, nem o instinto político, nem a experiência que faz o ESTADISTA. É assim que há muito tempo em Portugal são regidos os destinos políticos. Política de acaso, política de compadrio, política de expediente. País governado ao acaso, governado por vaidades e por interesses, por especulação e corrupção, por privilégio e influência de camarilha, será possível conservar a sua independência?".
( Eça de Queirós , 1867 in "O distrito de Évora)
( Eça de Queirós , 1867 in "O distrito de Évora)
Manuel Bancaleiro
2 comentários:
Infelizmente, 140 anos depois a análise de Eça de Queirós continua actual. Melhores dias
há portugueses com mais de 10 créditos, como é possível? mas a culpa é de todos: das familias que se endidivam assim; dos bancos e outras instituições que o permitem e pelo governo que não po~e travão!
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