17/08/2005

POLITICAS DO TERCEIRO MUNDO



POLITICAS TERCEIRO MUNDISTAS

As Reformas das Leis do Funcionalismo Público elaboradas por um (des)governo de maioria socialista que não teve a coragem de falar verdade ao povo antes das eleições.
Quando se opina sobre um determinado assunto, temos de partir do principio, que se tem o minimo conhecimento de causa sobre o tema em discução, mais que não seja, através de um acesso privilegiado à informação … infelizmente isso nem sempre é verdade, por vezes não se mostra mais do que o reflexo puro e duro desta triste realidade que é o atraso sócio-politico e cultural do nosso povo…Vejamos as posições tomadas quanto às alterações das leis da Função Pública. A esmagadora maioria dos funcionários públicos (FP) têm-se manifestado absolutamente contra.
Porque será?
Por serem malandros?
Por se sentirem um sector privilegiado da sociedade?
Por querem ter um estatuto diferente do resto da população?
Não o é com toda a certeza .
É porque, estas novas alterações violam em toda a linha os principios contratuais assumidos pelo Estado aquando do seu ingresso na Função Pública. São prespectivas de vida, criadas ao longo de muitos e muitos anos de carreira que agora estão postas em causa.
São sonhos, projectos de vida, direitos adequeridos, por força da lei contratual, que se esfumaram de um momento para o outro e que são motivadores da mais profunda fustração no seio de milhares e milhares de famílias.
Por sua vez os trabalhadores dos sectores privados batem palmas a estas alterações, argumentando que se eles trabalham até aos 65 anos, também os funcionários públicos devem trabalhar, esquecendo-se ( infelizmente ) de que hoje em dia, o sector privado não tem qualquer poder reivindicativo, por forma a fazer prevalecer os seus direitos junto das entidades empregadoras e que, se não fosse o poder reivindicativo que Função Pública ainda hoje detem , estariamos todos bem piores, sobre quaisquer aspectos das condições sócio-económicas da nossa vida.
Como tal, essa posição só pode ser compreendida como uma atitude de inveja... isso parece-me óbvio.
Devemos estar todos atentos porque o que está em causa não são só os Funcionários Públicos. Hoje a idade de passagem à reforma desses trabalhadores, passou para os 65 anos, amanhã, quem sabe se os privados não irão passar para os 70 anos ( o mais certo)…Hoje a ADSE não aceita mais subscritores, os novos FP vão para o regime geral…amanhã estamos todos no regime geral e em vez de 6 meses de espera para uma consulta, passa para um ano ou mais, e quando vier... talvez já seja tarde... contudo, nós, Zé Povinho batemos palmas...pobre País este… pobre Povo que te escravizaram até ao tutano, te esvaziaram a mente e infelizmente ainda hoje te querem continuar a manter na ignorância…
O que está em causa é muito grave, não é só um ataque sobre direitos adquiridos dos trabalhadores e não vejamos isto, apenas pelo lado da Função Pública, mas sim de uma forma transversal, é a tentativa completa da desregulamentação das leis e direitos laborais, não só sobre um determinado sector da sociedade, mas sobre todo o mundo do trabalho .
Efectuar reformas na Função Pública, sim, até os próprios funcionários públicos estão de acordo, mas desta forma, à revelia de tudo e de todos como este Governo, que se diz Socialista, pretende fazer, isso nunca.
Não se pode alterar as regras do jogo de uma forma uniforme, como se todos os funcionários públicos tivessem chegado agora à Função Pública.
Efectuar alterações aos regimes de excepção na Função Pública, completamente de acordo, existem demasiadas excepções, que vão desde os funcionários das portagens, passando pelos trabalhadores dos matadouros municipais, forças de segurança, militares, professores, enfermeiros etc. etc., cento e tal regimes de excepção. Mas pôr tudo no mesmo saco, como este Governo fez, tratando por igual aquilo que é inequivocamente diferente, isso nunca.
Em todos os países desenvolvidos, nomeadamente os da Europa, onde nós estamos inseridos, existem regimes de excepção, nomeadamente nos sectores militares, das forças de segurança e em mais dois ou três sectores…Porquê aqui em Portugal tentar pôr tudo no mesmo saco?
Que governo de "esquerda" é este?? Que está a tentar implantar políticas que nem os governos mais à direita que passaram por este País ousaram praticar.
Hoje, a grande maioria da população portuguesa, em quase todos os sectores sócio-económicos, manifesta já um profundo descontentamento e um desencanto com as políticas sociais e económicas encetadas por este Governo de maioria Socialista. Por toda a parte, se ouvem comentários de pessoas a dizerem que têm sido sucessivamente enganadas pelos nossos políticos e que nunca mais voltam a pôr os pés numa assembleia de voto…
Dessas posições só se pode tirar uma conclusão :
- Portugal viveu demasiado tempo no obscurantismo. Uma grande maioria da população desconhece ainda o poder do voto.
O voto é a grande arma da democracia . Não votar é desresponsabilizarmo-nos a nós próprio. É um acto de cobardia, é darmos a terceiros a oportunidade de decidirem por nós.
E ao contrário de não irem votar, já pensaram se nas próximas eleições a maioria for votar em branco??
O voto em branco tem a força de um voto expresso, é como votar num qualquer partido político. Contudo é um cartão vermelho a todos os políticos e à politicas por eles praticadas…terá que haver forçosamente novas eleições com outros candidatos, com novas políticas…
Ia ser o bom e o bonito para estes pseudo-políticos e seus boys...pensem bem nisto.O voto em branco tem toda a força do Voto, porque não sendo um cartão vermelho à democracia, (o voto é a mais poderosa arma da democracia ) é , sem sombra de dúvida, um cartão vermelho aos políticos da nossa praça e aos seus Partidos.
O voto é a nossa voz tornada pública.
Um voto em branco, é dizer “alto e em bom som”, que não concordamos com as políticas praticadas e que as alternativas apresentadas não têm qualquer credibilidade .
Com cinquenta por cento de votos em branco, estes políticos tinham que ir pregar para outra ...
Manuel Bancaleiro

1 comentário:

MANUEL BANCALEIRO disse...
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