22/09/2005

SERÁ QUE CRISTO EXISTIU

TAL QUAL A IGREJA O AFIRMA??

Jesus CristoExistiu?
Os investigadores que se dedicaram ao estudo das origens do cristianismo sabem que, desde o Século II de nossa era, tem sido posta em causa a existência ou não de Cristo.
Muitos até mesmo entre os cristãos procuram provas históricas e materiais para fundamentar sua crença.
Infelizmente, para eles e para a sua fé, tal fundamento jamais foi conseguido, porquanto, a história cientificamente elaborada denota que a existência de Jesus é real apenas nos escritos e testemunhas daqueles que tiveram interesse religioso e material em prová-la.
Desse modo, a existência, a vida e a obra de Jesus carecem de provas indiscutíveis.
Nem mesmo os Evangelhos constituem documento inquestionável.
As bibliotecas e museus guardam escritos e documentos de autores que teriam sido contemporâneos de Jesus, os quais não fazem qualquer referência ao mesmo.
Por outro lado, a ciência histórica tem-se recusado a dar crédito aos documentos oferecidos pela Igreja, com intenção de provar a sua existência física.
Ocorre que tais documentos, originariamente, não mencionavam sequer o nome de Jesus; todavia, foram falsificados, rasurados e adulterados visando suprir a ausência de documentação verdadeira.
Por outro lado, muito do que foi escrito para provar a inexistência de Jesus Cristo foi de forma defensiva, destruído pela Igreja.
Assim é, que por falta de documentos verdadeiros e indiscutíveis, a existência de Jesus tem sido posta em dúvida, desde os primeiros séculos desta Era, apesar da Igreja ter tentado destruir tudo e todos os que tiveram coragem ou ousaram contestar os seus pontos de vista, e os seus dogmas.
Por tudo isto , o Papa Pio XII, em 955, falando para um Congresso Internacional de História em Roma, disse:
- “Para os cristãos, o problema da existência de Jesus Cristo concerne apenas à fé, e não à história ou à sua existência”.
Emílio Bossi, num dos seus livros intitulado “Jesus Cristo Nunca Existiu”, compara Jesus Cristo a Sócrates, que igualmente nada deixou escrito. No entanto, faz ver que Sócrates só ensinou o que é natural e racional, ao passo que Jesus ter-se-ia apenas preocupado com o sobrenatural. Sócrates teve como discípulos pessoas naturais, de existência comprovada, cujos escritos, produção cultural e filosófica passaram à história como Platão, Xenófanes, Euclides, Esquino, Fédon, etc.
Enquanto isso, Jesus teria por discípulos alguns homens analfabetos como ele próprio tê-lo-á sido, os quais apenas repetiriam os velhos conceitos e preconceitos talmúdicos.
Sócrates, que viveu 5 séculos antes de Cristo e nada escreveu, jamais teve a sua existência posta em causa.
Jesus Cristo, que teria vivido tanto tempo depois, mesmo nada tendo escrito, poderia apesar disso,ter deixado provas de sua existência. Todavia, nada tem sido encontrado que possa dar uma resposta cientifica a esta questão.
Os historiadores e os homens do saber de então, não lhe fizeram qualquer alusão.
Além disso, sabemos que, desde o Século II, os judeus ortodoxos e muitos homens cultos começaram a contestar a veracidade de existência de tal ser, sob qualquer aspecto, humano ou divino.
Estavam, assim, os homens divididos em duas posições: os que, afirmando a realidade de sua existência, divindade e propósitos de salvação, perseguiam e matavam impiedosamente os partidários da posição contrária, ou seja, àqueles cultos e audaciosos que tiveram a coragem de contestá-los.
A sociedade actualmente pode estabelecer os seus padrões de vida e de moral, os seus membros podem observá-los e respeitá-los por si mesmos, pelo respeito ao próximo e não pelo temor que lhes incute a religião.
Contudo, é lamentavelmente certo, que muitos ainda se conservam subjugados pelo espírito de religiosidade, presos a tabus completamente ultrapassados e inaceitáveis.
Jesus Cristo foi apenas uma entidade ideal, criada para fazer cumprir as escrituras, visando dar sequência ao judaísmo em face da diáspora, destruição do templo e de Jerusalém.
Terá sido um arranjo feito em defesa do judaísmo que então morria, surgindo uma nova crença.Ultimamente, têm-se evidenciado as adulterações e falsificações documentárias praticadas pela Igreja, com o intuito de provar a existência real de Cristo.
Modernos métodos como, por exemplo, o método comparativo de Hegel, a grafotécnica e muitos outros, denunciaram a má fé dos que implantaram o cristianismo sobre falsas bases com uma doutrina tomada por empréstimos de outros mais vivos e inteligentes do que eles, assim como denunciaram os meios fraudulentos de que se valeram para provar a existência do inexistente.
É de se supor que, após a fuga da Ásia Central, com o tempo os judeus foram abandonando o velho espírito semita, para se irem adaptando às crenças religiosas dos diversos povos que já viviam na Ásia Menor.
Após terem passado por longo período de cativeiro no Egipto, e, posteriormente, por duas vezes na Babilónia, não se deve estranhar que tenham introduzido no seu judaísmo primitivo as bases das crenças dos povos com os quais conviveram. Sendo um dos povos mais atrasados de então, e na qualidade de cativos, por onde passaram, salvo algumas excepções, a sua convivência e ligações seriam sempre com as gentes incultas, primárias e humildes.
Assim é que, em vez de aprenderem as teorias filosóficas e estudarem as ciências como astronomia, matemática, a socioligia, aprenderam as superstições do homem inculto e vulgar.
De tudo o que se encontra escrito, depreende-se que o cristianismo foi uma religião criada pelos judeus, antes de tudo como meio de sobrevivência e enriquecimento. Tudo foi feito e organizado de modo a que o homem se tornasse um instrumento dócil e fácil de manejar, pelas mãos hábeis daqueles aos quais aproveita a religião como fonte de rendimentos.
Métodos modernos como, por exemplo, o método comparativo de Hegel, a grafotécnica, o uso dos isótopos radioactivos e radiocarbónicos, denunciaram a má fé daqueles que implantaram o cristianismo, falsificando escritos e documentos na vã tentativa de provar o que lhe era proveitoso.
Por meios escusos tais como os citados, a Igreja tornou-se a potência financeira em que hoje se constitui. Finalmente, desde o momento em que surgiu a religião ( a este assunto voltarei mais adiante,com as causas do surgimento da religião ), com ela veio o sacerdote que é uma constante em todos os cultos, ainda que recebam nomes diversos.
A figura do sacerdote encarregado do culto divino tem tido sempre a preocupação primordial de atemorizar o espírito dos povos, apresentando-lhes um Deus onipotente, onipresente e, sobretudo, vingativo, que a uns premia com o paraíso e a outros castiga com o inferno de fogo eterno, conforme sejam boas ou más suas acções.
No cristianismo, encontraremos sempre o sacerdote afirmando ter o homem uma alma imortal, a qual responderá após a morte do corpo, diante de Deus, pelas acções praticadas em vida.
Como se tudo não bastasse, o Paraíso, o Purgatório dos católicos e o Inferno, há ainda que considerar a admissão do pecado original, segundo o qual todos os homens ao nascer, o trazem consigo.
Ora, ninguém jamais foi consultado a respeito de seu desejo ou não de nascer. Assim sendo, como atribuir culpa de qualquer natureza a quem não teve a oportunidade de manifestar vontade própria.Quanta injustiça! Condenar inocentes por antecipação.
O próprio Deus e o próprio Cristo revoltar-se-iam por certo perante tão injusta legislação, se os próprios existissem.
Manuel Bancaleiro

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